domingo, 7 de março de 2010


Lil Wayne começa hoje a cumprir os 12 meses de prisão a que foi condenado, depois de a polícia ter encontrado uma arma ilegal no autocarro da sua digressão, em 2007. O rapper americano, considerado pelo presidente Obama "uma das figuras mais importantes da cultura do país", mal teve tempo de promover o seu novo disco, "Rebirth", lançado há pouco mais de uma semana. Mas aquilo que seria um pesadelo para qualquer pessoa, é motivo de ansiedade para Weezy (a alcunha do músico). "Ninguém me conseguirá dizer como é, tenho de passar por esta experiência que Deus me vai proporcionar", disse.

Paradoxalmente, para um viciado em trabalho como ele, a ideia de não fazer mais do que privar com os 14 mil presos que vivem em Rikers Island não será tarefa fácil. "Não gosto de estar parado. Parar é morrer", acredita. Poderia até ser a morte do artista, não fosse a mediatização deste caso a melhor promoção que o seu trabalho poderia ter. Este mês, por exemplo, Lil Wayne foi capa da revista "Rolling Stone".

Em condições normais, Weezy estaria agora empenhado numa extensa digressão pelos EUA. No entanto, com a liberdade a prazo, o músico optou por uma pequena série de concertos durante o mês de Dezembro. E, domingo à noite, dois dias antes de iniciar a pena, foi à terra natal, Nova Orleães, apoiar a equipa da casa - e do seu coração -, os Minnesota Vikings, cujo emblema tem tatuado numa perna.

Apesar de limitado em relação aos espectáculos ao vivo, o Lil Wayne não tem parado um minuto. Depois de terminar a digressão, viajou para Miami, onde esteve a gravar o álbum "Tha Carter IV" e a filmar alguns vídeos. Seguiu-se Atlanta e mais um par de clips, desta vez com os Playaz Circle e Shawty Lo. "Foi de loucos. É o trabalhador mais dedicado que conheço: começámos às seis da tarde e às seis da manhã ainda lá estávamos. Filmámos no topo de um edifício, num estúdio e num clube. Ficou óptimo", disse Lo. Dentro de duas semanas, será editada uma das colaborações mais aguardadas do ano: "Drop The World" junta Lil Wayne e Eminem.

Rapper do telefone Lil Wayne nasceu em 1982 com o nome de Dwayne Michael Carter. Foi prematuro em quase tudo: escreveu a sua primeira música aos oito anos e, aos 11, conheceu o rapper e proprietário da Cash Money Records, Brian Williams, depois de deixar uma música gravada no seu atendedor de chamadas. Por essa altura, Weezzy resistiu a um tiro no peito e, passados dois anos, tornou-se uma estrela da música. Talvez por isso, o músico tenha cantado, na faixa "Phone Home": "não sou como tu, sou marciano." Mas, ao contrário de ET, não veio ninguém para o salvar.

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